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COP-27: Lula diz querer indígenas no governo, mas ainda não revela nomes

Segundo Lula, é importante que haja representantes dos povos originários ocupem cargos de liderança em órgãos como o da saúde indígena (hoje vinculada ao Ministério da Saúde)


Lula diz querer indígenas no governo, mas ainda não revela nomes
Crédito: AFP

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (17/11), querer que indígenas tenham cargo no seu governo durante encontro com lideranças dos povos originários durante a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-27), em Sharm el-Sheik, no Egito. O petista, porém, não revelou quem será o titular do novo Ministério dos Povos Originários, promessa de campanha.


"Quero que aproveitem meu mandato para que eu possa contribuir com vocês", afirmou Lula. "Quero que indígenas participem da governança do País", acrescentou. Segundo Lula, é importante que haja representantes dos povos originários ocupem cargos de liderança em órgãos como o da saúde indígena (hoje vinculada ao Ministério da Saúde).


Durante a fala, o presidente eleito também disse que os povos nativos são responsáveis pela preservação da maioria das florestas do mundo e voltou a cobrar recursos de países ricos para a conservação da biodiversidade. "Queremos saber quanto vão nos pagar para cuidar do planeta Terra?", disse.


No evento, onde havia líderes indígenas brasileiros e estrangeiros, o petista ouviu elogios e cobranças. O chefe Terry Teegee, representante dos povos originários da América do Norte, chegou a chamar Lula de "pop star". Ele esteve acompanhado da futura primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, durante o encontro.


Para o novo ministério, uma das mais cotadas é a deputada federal eleita Sonia Guajajara (PSOL-SP). Ao Estadão, ela disse que não esperava que o nome fosse anunciado nesta quinta. "Essa é uma decisão que ainda deve passar pela organização dos povos indígenas", afirmou. Outra cotada para o posto é deputada federal Joenia Wapichana (Rede-RR).


A gestão Jair Bolsonaro não priorizou a agenda indígena. Durante os quatros anos de mandato, o atual presidente não demarcou nenhum território para os povos originários. Segundo Sônia, há cinco processos de terras concluídos, sem impedimentos jurídicos e que "basta vontade política" para que avancem.

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