Articulação indígena reclama de postos vazios na Funai e cobra governo Lula
Carta elogia valorização do 'movimento indígena' pela gestão federal, mas pede que nomeações ocorram 'o quanto antes'
Por: Mônica Bergamo/ Folha de São Paulo
Em janeiro deste ano, o governo federal exonerou mais de 30 coordenadores e servidores da Funai, indicados na gestão de Jair Bolsonaro (PL), após a crise sanitária e humanitária na Terra Indígena Yanomami.
A Apib afirma que postos seguem vazios. A carta elogia a "valorização do movimento indígena" no governo Lula, mas cobra ações.
"Esperamos que as nomeações ocorram o quanto antes, pois os problemas que nos afetam no dia a dia não podem esperar mais, tais como os conflitos e a crescente violência contra nossos povos", afirma o documento.
Povo yanomami sofre com garimpo, explosão de malária e grave desnutrição
A articulação critica a gestão dos ex-presidentes Bolsonaro e Michel Temer (MDB) e diz que a política indigenista "não pode mais cair na morosidade, omissão e descaso que a caracterizou particularmente nos últimos seis anos".
"E não pode também, acreditamos, ser submetida a critérios de interferências político-partidários, negociatas e muito menos à prática do toma-lá-dá-cá, na condição de moeda de troca no jogo de interesses econômicos e políticos de quaisquer grupos sociais, sobretudo anti-indígenas", segue o texto.
Procurados, os ministérios não responderam até a publicação deste texto.
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